Melhore seu Inglês aprendendo o Present Perfect

Dentre todos os tempos verbais, o Present Perfect está entre os que geram mais confusão. E isso ocorre por não termos um paralelo perfeito entre ele e nosso idioma.

Tal independência acaba, eventualmente, nos fazendo incorrer em confusão entre o Simple Past e o Present Perfect.

Contudo há sutis e importantíssimas diferenças entre estes dois tempos. E sobre isso falaremos hoje.

A natureza e uso do Present Perfect no cotidiano

Quando conversamos sobre o Simple Past, repeti algumas vezes seu uso: ações iniciadas e concluídas no passado. Além disso, importava saber quando, quanto durou ou qual foi a frequência.

Agora, no Present Perfect, temos uma união intencional entre o passado e o presente. E é aqui que surgem as nuanças que definem o uso adequado do Present Perfect no cotidiano.

Nele, a ação teve início no passado. E não importa, imediatamente, se é um passado próximo ou longínquo. O que nos interessa é que a ação não tenha sido concluída no passado.

Ela pode ter acabado de ser concluída ou ainda estar sendo executada. Tudo bem?

Se fôssemos traduzir o termo, “Present Perfect” corresponderia a um “Presente Perfeito”. E não há um tempo verbal perfeitamente correspondente, no Português.

Present Perfect, portanto, seria um “estar fazendo desde antes”. E “não ter terminado até agora”.

  • “Trabalho nisso há dois meses.” (e acabei de terminar ou ainda estou trabalhando);
  • “Você tem comido muito nestes últimos anos.” (e, por isso, pode não estar saudável agora);
  • “Ela dormiu pouco durante as últimas semanas.” (e, agora, está exausta).

Essa é a relação que buscamos no Present Perfect. A junção de sentido entre o que já aconteceu e o que está acontecendo agora. Como antedito, passado e presente unidos.

A formação sintática do Present Perfect

No Inglês, a modulação do Present Perfect dá-se por uma união de verbos e tempos verbais. Nela, utilizamos o verbo auxiliar “(to) have” acrescido do Past Participle (particípio passado).

O verbo auxiliar permanece conjugado no Simple Present (o tempo presente). Temos, portanto:

  • I have;
  • You have;
  • He has;
  • She has;
  • It has;
  • We have;
  • You have;
  • They have.

Torna-se fácil memorizar pois apenas “he, she e it” têm terminação diferente.

O Past Participle, por sua vez, assume o tempo verbal do verbo principal. Assim, nos verbos regulares, temos a manutenção do radical com acréscimo de ED:

  • Worked (trabalhado);
  • Watched (observado);
  • Talked (falado);
  • Stopped (parado);
  • Studied (estudado);
  • Etc.

E, sim, a grafia do Past Participle é igual à do Simple Past. Se tiver dúvidas com as terminações, basta ler a matéria que escrevemos sobre o passado simples, apontada no início do texto.

No caso dos verbos irregulares, tabelas de conjugação ajudam a memorizar. E, sim, é um esforço de memorização. Porém fica bastante fácil com estudo e leitura frequentes.

Unindo, portanto, o Simple Present do verbo “have” com o Past Participle do verbo da ação, temos o Present Perfect. Costuma-se, também, chama-lo Present Perfect Simple.

Vejamos, agora, como concatenar os elementos do Present Perfect em situações práticas. Temos, como em todos os tempos verbais, a forma afirmativa, negativa e interrogativa. Vamos juntos?

Formando o Present Perfect em afirmações

É perfeitamente comum, no Inglês, variar a construção dependendo da natureza da expressão. Agora, focaremos em sentenças afirmativas. Elas informam, os interlocutor, que fizemos um algo.

Aqui, teremos a estrutura antes apontada seguida à risca. A saber:

Pronome + Verbo “have” conjugado no Present Simple + Past Participle

Vejamos alguns exemplos, para melhor fixação:

  • I have worked here for ten years now — Trabalho aqui há dez anos (e continuo);
  • You have drinked too much this weekend — Você bebeu muito este fim de semana (e o fim de semana não acabou);
  • He has falled in love very often — Ele tem se apaixonado com muita frequência (nestes últimos tempos, inclusive agora);
  • Apparently, she has never tried pasta before — Aparentemente, ela nunca provou massas antes (e está comendo agora com muito interesse);
  • This computer has never worked so fast before — Esse computador nunca trabalhou tão rápido (quanto agora);
  • Etc.

Como se pode notar, o uso de advérbios engrandecem de sentido. Isso porque complementam a informação fornecida. Never, often, always, yet, already, recently são exemplos muitos comuns.

Empregar complementos é extremamente necessário, no Simple Past. Já no Present Perfect, eles ajudam a fornecer uma compreensão mais clara e precisa da mensagem.

O Present Perfect em negações

Na forma negativa, o Present Perfect assume basicamente a mesma estrutura das afirmações. Contudo, para dar sentido negativo, acrescentamos o “not” na estrutura. Ela fica assim:

Pronome + Verbo “have” conjugado no Simple Present + “not” + Past Participle

Há uma flexão frequente de “have not” pronunciada e escrita como “haven’t”. Da mesma forma, “has not” é comumente tratado como “hasn’t”.

Na linguagem coloquial, não apenas são constantes como preferidos por muitos falantes. Contudo vale lembrar: a forma culta, para redações profissionais e afins, não recebe a flexão.

A depender do contexto comunicativo, use “have not” e “has not” em lugar dos encurtamentos. Combinado?

Alguns exemplos de Present Perfect em negações:

  • I have not drinked this month — Não bebi este mês;
  • She has not eaten carbohydrate lately — Ela não tem comido carboidrato ultimamente.

Interrogações e o Present Perfect

Quando o tema são interrogações, o Present Perfect segue a receita comum. Há, portanto, a inversão estrutural. Nela, o pronome assume outra posição, que denuncia a pergunta. Temos:

Verbo “have” no Simple Present + Pronome + Past Participle do verbo principal

Como de costume, fixemos a memória com alguns exemplos práticos:

  • Have I worked too much these days? — Trabalhei muito estes dias? (hoje, inclusive?)
  • Have you did the dishes last night? — Você lavou a louça noite passada? (ou ela ainda está acumulando?)
  • Have it always broke so frequently? — Isso sempre quebrou com tanta frequência? (como agora?)

A forma interrogativa negativa, embora pouco frequente, seria estruturada assim:

Verbo “have” no Simple Present + Pronome + “not” + Past Participle do verbo principal

  • Have I not dressed properly at parties? — Eu não tenho me vestido adequadamente nas festas? (estando numa festa)
  • Have you not did the dishes yet? — Você não lavou a louça ainda? (e ela está suja ainda?).

A relação Present Perfect com o Present Perfect Continuous

Acima, comentei que muitos chamam o Present Perfect de Present Perfect Simple. E esse fato diz respeito à existência de outro tempo verbal muito similar: o Present Perfect Continuous.

Contudo, ainda que tenham nomes basicamente iguais, não estamos falando da mesma coisa. Ou, pelo menos, não com a mesma ênfase.

Ambos ocupam-se de ações iniciadas no passado e ativas ou influentes, ainda, no presente. Como no exemplo da louça suja: se você não lavou, ela ainda está suja, afetando o presente.

Entretanto cada um dá uma ênfase específica para o fato ou sua duração. O Present Perfect Simple, visto até agora, mostra-se mais leve na importância destes elementos.

Por sua vez, o Present Perfect Continuous age como agrupando todo o processo, para intensificar sua relevância. Essa relevância e gravidade do conjunto dá-se por sua estrutura.

No Present Perfect Continuous, temos a estrutura:

Verbo “have” no Simple Past + Verbo “to be” no Past Participle + ING (gerúndio)

Na prática:

  • I have been doing — Eu tenho feito (venho fazendo);
  • You have been doing — Você tem feito (vem fazendo);
  • He has been doing — Ele tem feito (vem fazendo);
  • She has been doing — Ela tem feito (vem fazendo);
  • It has been doing — Isso tem feito (vem fazendo);
  • We have been doing — Nós temos feito (vimos fazendo);
  • You have been doing — Vós tendes feito (vindes fazendo);
  • They have been doing — Eles têm feito (vêm fazendo).

Repare como essa relação “tem feito” e “vem fazendo” ajudam a compreender o todo da ação. Sua união com toda a série histórica. Essa é a gravidade e relevância apontada pelo Present Perfect Continuous.

Exemplificando a distinção semântica dos Present Perfect Simple vs Continuous

Vejamos, na prática, a mesma ideia transmitida através de cada Present Perfect. Reconhecendo essa nuança, você poderá aplicar sem susto ou dúvidas cada forma:

Trabalharemos, primeiro, com a ideia de ter trabalhado duro, num período.

Exemplificando com o Present Perfect Simple

I have worked really hard this week — Trabalhei muito duro esta semana

Temos, aqui, a ideia implícita de o trabalho ter apenas acabo ou estar em vias de. Embora tenha sido duro, não será perene. Ainda que tampouco seja coisa do passado.

Fosse diferente, teríamos nos valido do Simple Past. Isso porque a ação teria começado e terminado no passado. A ver:

I worked really hard last week — Trabalhei muito duro semana passada

No exemplo com o Present Perfect Simple, a semana não acabou. E não está claro se o trabalho já. Mas irá, ou seja, ainda afeta o presente.

Agora, com o Present Perfect Continuous

I have been working so hard recently — Venho trabalhando tão duro recentemente

Como o próprio nome denuncia, há a ideia de perenidade. Continuação. O trabalho duro iniciou no passado, como antes. Porém ainda afeta gravemente o presente.

E como fomos? Você conseguiu tirar todas as suas dúvidas?

Obviamente, reler o material e consultar as matérias apontadas será de grande ajuda. Afinal é a prática que nos leva à fluência, não é mesmo?

Todavia, ainda que se debruce mais vezes, alguma sombra permanece, fale conosco! Basta nos escrever um comentário e, tão cedo quanto possível, responderemos.

Nosso desejo principal é ajudar você a dominar a língua inglesa.

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Até mais, caros alunos! See ya!

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